Se você é fã de jogos que desafiam os limites dos gêneros, prepare-se: The Midnight Walk está chegando com uma proposta ousada. Mas não estamos falando de mais um jogo de terror genérico ou de mais um simulador acolhedor com tons pastel. Estamos falando de um título que mistura, de forma quase poética, terror psicológico com momentos aconchegantes. Parece contraditório? Pode até parecer, mas é justamente essa mistura inusitada que vem chamando atenção.
Desenvolvido pelo MoonHood Studios, fundado por Klaus Lyngeled e Olov Redmalm, o jogo promete entregar uma experiência única tanto em VR quanto em tela tradicional, e chega oficialmente em 8 de maio de 2025. Mas o que faz The Midnight Walk ser tão especial?
Terror com alma artesanal, mas sem perder o calor humano
A proposta central do game gira em torno do personagem The Burnt One, uma figura enigmática capaz de trazer fogo e luz para um mundo mergulhado na escuridão. Mas o fogo, como na vida real, pode ser tanto um símbolo de proteção quanto de destruição. E essa dualidade atravessa toda a narrativa do jogo.
Mas não pense que estamos falando só de monstros e sustos. O mundo de The Midnight Walk foi construído com mais de 700 peças de arte feitas à mão, com materiais como papel, argila e papelão. A equipe fez questão de manter imperfeições — como arranhões e colagens visíveis — justamente para dar vida e realismo ao ambiente. Ou seja, é um terror com textura, mas também com alma.
Além disso, os jogadores vão encontrar personagens marcantes, como Potboy, um companheiro gentil e fiel, e Housy, uma casa ambulante que oferece conforto, trilha sonora relaxante e a sensação de lar — mesmo nos momentos mais sombrios da jornada. Sim, é um jogo de terror, mas você nunca está completamente sozinho. E isso muda tudo.
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Jogabilidade que mistura sensibilidade com terror, mas sem perder a criatividade
Uma das mecânicas mais surpreendentes do jogo envolve simplesmente… fechar os olhos. Pode parecer simples, mas foi pensada com base no uso do PlayStation VR2, que rastreia o movimento ocular. Fechar os olhos pode fazer com que monstros desapareçam, revelar caminhos secretos ou até realçar sons ao redor. E mesmo fora da realidade virtual, essa função estará presente — mostrando o cuidado da equipe em manter a experiência acessível, mas ainda assim imersiva.
Outra mecânica interessante envolve o uso de fósforos, que servem para acender lareiras, ativar máquinas ou espantar criaturas. Mas como todo fósforo tem tempo de queima limitado, cada ação exige planejamento e timing. Além disso, há fósforos especiais, como o azul, que funciona como uma lanterna em ambientes ainda mais escuros.
Ou seja, é um jogo que mexe com o psicológico, mas também exige estratégia, atenção e sensibilidade. E tudo isso num universo visualmente artesanal, quase como um diorama interativo.
Lançamento se aproxima, mas a expectativa já está lá em cima
Mesmo sendo o primeiro grande projeto do MoonHood Studios, a bagagem de Klaus e Olov em títulos como Fe, Lost in Random e Flipping Death deixa claro que não estamos falando de amadores. E The Midnight Walk promete ser mais maduro, mais sombrio e mais emocional do que qualquer coisa que eles já fizeram.
Mas será que o público está preparado para um jogo que mistura abraços e arrepios na mesma medida? A resposta chega em 8 de maio, e muita gente já adicionou o título à lista de desejos nas lojas digitais.
The Midnight Walk pode ser o tipo de jogo que não sabíamos que precisávamos. Uma mistura improvável, mas incrivelmente bem pensada, de aconchego e horror. Pode parecer estranho à primeira vista, mas talvez seja exatamente isso que o torna tão promissor. Agora, resta esperar o lançamento — mas se depender da proposta, essa caminhada pela meia-noite vai ser inesquecível.